MEUS OLHOS

Meus olhos não tem garras...

Não faz trapézio, nem escala

mas, vaga solto pelo tempo

como se fosse potro no campo

Em seu tiro, atira-se ao longe

bisbilhotando seu encanto.

Meus olhos quando tromba,

sobre o caule d'aquela arvore...

Rapidamente, escala para copa

uma vez lá, verifica flores e frutos

rodeia as folhas, e passeis pelo verde

então ele se da conta, que a flora...

É o meio responsável pela sede.

Meus olhos, mira, de norte a sul

de leste ah oeste, sobre os montes...

Depois visita o arco-íres colorido

sobe o azul do céu, para em seguida....

Pousar sobre o horizonte e perceber

que o mundo sem verde, seria

um escarcel, um degredo para saúde

um grude tingindo o céu.

Ao olhar toda essa peripécias

meus olhos se da conta

de que não sabe pular

e sem voar, inicia a sua descida.

Como se tivesse, desfrutando a vida...

Tão logo se estica, galopa pelos prados

atira-se sobre o horizonte

e vai parar na cachoeira da serra

lá por detrás da cortina da neblina,

ele toma banho na cerração

do amanhecer, e jorra partícula de

alegria no totem do meu coração.

...Tem horas que meus olhos...

Vaga pelas cores e sai por ai

cantarolando de felicidade

e pulsando com os amores

da nossa verdade.

O olhar dos meus olhos...

Não tem peso nem medidas

não se esconde atrás do mundo

nem nunca deturpa a vida.

Antonio Montes

Amontesferr
Enviado por Amontesferr em 06/06/2017
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