Haver

Haver

Há uma verdade saudável

na íntima loucura

Algo agradável

que me permite a sinceridade

antes de tudo

Adiantado

Atrasado,

que os puritanos se tratem

diante de suas mentiras

As lhes atribuídas

Há verdade somente

onde se calam

hipocrisias natas,

sem fantasias

ou elas imbuídas

de satisfações gratuitas

Há uma verdade não vista

por aqueles que querem

altruísmo,

mimo

e tiração de onda

Há quem não converse,

não responda

Porque o mínimo

vai se pondo

entre aspas,

delírios e pontos

Entre prognósticos que

se afundam em lama

Que versejem o abjeto,

a torpeza, o vil

Que satisfaçam o cálice

onde se bebe a desgraça

por si

Que se faça mil

a imperfeição,

pois sobre a imoralidade

nunca se viu

Há quem esquece

Há quem só se aborrece

à toa

Há a nobre pessoa

e os súditos da Coroa

Há os que procuram,

os que se afastam

Os temerários de gente boa

Há os que ninguém entende nada,

os que não se criam,

os que morreram bruxas e fadas.

por Paulo Frias

Paulo Henrique Frias
Enviado por Paulo Henrique Frias em 06/06/2017
Código do texto: T6020022
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