A Morte do Espírito
Morre aos poucos o espírito,
Perdido nos desvios do tempo,
Perde-se aos poucos o homem,
Que devendo parar, prossegue,
Confiante em seus falsos instintos,
A tudo persegue, mas nada encontra,
Além de um oceano de circunstâncias, em cujos fundos,
Repousam suas lodosas ilusões.
Pobre do homem,
Cujo o espírito transpassa a matéria, sem transformá-la de fato,
O corpo atravessa a vida, sem desfrutá-la.