TECENDO VERSOS

Teço versos como quem tece rendas

Com leveza de brumas matinais

Ou luz derramada por entre fendas

De antigos castelos tão medievais

Teço versos como quem tece o linho

Mais puro linho, tecelagem fina

Versos antigos com sabor do vinho

Alçado dos porões de uma cantina

Teço versos na madrugada aberta

Quando anjos cantam no infinito

E o sino da minh'alma me desperta

Eu teço versos pela noite linda

Quando o fulgor do céu é mais bonito

Adormecendo quando a aurora finda

Olga Silveira
Enviado por Olga Silveira em 16/10/2005
Código do texto: T60182