TECENDO VERSOS
Teço versos como quem tece rendas
Com leveza de brumas matinais
Ou luz derramada por entre fendas
De antigos castelos tão medievais
Teço versos como quem tece o linho
Mais puro linho, tecelagem fina
Versos antigos com sabor do vinho
Alçado dos porões de uma cantina
Teço versos na madrugada aberta
Quando anjos cantam no infinito
E o sino da minh'alma me desperta
Eu teço versos pela noite linda
Quando o fulgor do céu é mais bonito
Adormecendo quando a aurora finda