Batuque de sentido.

Quando samba vem suar a camisa,

Deixe evaporar, esse cheiro de brisa ,

Em compassos se encontrar.

Vir botar a mão ao peito,

Fazer do chão leito

Aos clamores do indignar

Vir desmanchar toda saudade

Num sorriso de verdade

E assim cantar.

Ó samba meu, que da ao toque,

Não se vende nem há estoque

Para a sua vastidão,

Vem! espalma essa vida,

Prometida e sofrida

Pois não conhece resignação.

Vem , sambe aqui do meu lado,

Não tenho dinheiro , nem sou letrado,

Mas vida tenho de montão

Então , vejo a vida tão serena

Nas pernas das morenas

Exaltando um pulsar,

De um coração tão aberto,

Quase um poema reto

Que o poeta veio jorrar.

Olha , só o brilho da cidade ,

Não tem nem a metade

Dessa nossa iluminação,

Mesmo que não me tenham respeito,

Sei que Sambo direito

Ainda sou cidadão .

E rio para essa promiscuidade ,

Pois acham que vontade

É viver sem paixão.

TVeiga
Enviado por TVeiga em 04/06/2017
Código do texto: T6018022
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