DOMINGÃO
DOMINGÃO
É domingo
Um nada fazer me invade
Parece que também a cidade
O silêncio fica mudo
O ouvir fica surdo
E o olvidar toma conta
Afinal ainda que de ferro
Estou meio enferrujado
Já não estou no passado
Estou presente meio passado
Aposentado contando tostões
Mas feliz com meus botões
Abotoados um a um
Em roupas largas
Que me dão grande conforto
Em domingos que se prolongam