O Último Luar

Volta acima o teu olhar

De alma iniciada!...

Ouve os astros a soar

Da eternal Morada...

Retorna aos portais de prata

Da União do bem!...

Ouve n’alma a Voz beata,

Num enlevo-além...

Ergue as mãos à alada Luz

Das Ave-Marias...

... À Magia que conduz

Ao nascer dos Dias...

Sorve as dez ilustres Taças

De Amor reluzente...

Sente a Comunhão das Graças

Logo em tua frente...

Entra na amplidão do Nada...,

No mais alto Império...

— Na imersão imaculada

D'um nobre Mistério!

Segue ao monte eterizado

De ideal Luar...

Segue ao último Chamado

Da Estrela Polar...

Louva a Alvura sem igual

Que a todos alcança!

Ascende à Mansão da astral

Bem-Aventurança!

Vê o Lótus da Liberdade

Dando a ti a mão,

Sente os Selos da Verdade

Que adiante estão...

Deslumbra-te nos Noivados

Das mais puras Pazes...

Chega aos Reinos revelados

De Auroras-lilases...