O GIGOLÔ
O gigolô do bangalô
vive a custa da sua flor,
suspira através d'ela...
Com olhar pela janela
e palavras de meu amor.
Piscou, pisca quando vela
ao beneficio da sua tutora
vez em quando arandela
trás uma flor p'ra donzela
e cachaça protetora.
Vai a farra e se esbalda
esbarra na sua amada
volta assim como fada
para casa da mandala
vai sonhar com a doutora
O gigolô de profissão
é peça na sua mão
manipula a paixão
que vive no coração.
Coitado é bem tratado
outros braços da caricia
trabalha como diabo
no intimo da sua malicia.
O gigolô do bangalô
é bambo em seu gingado
conta ponto com o pranto
e rir do seu rebolado.
Antonio Montes