Solidão

Noites sombrias, eu me lembro,

Um uivo triste, como lobo solitário.

Que no tempo​ de tristeza,

Na qual implorava pela lua,

Ou que pela amada, nutria desejos,

E soltava seus agudos gritos,

Longos, num som agonizante,

Como um cisco nos olhos,

Como um aperto no coração,

Como mãos que não se abrem,

Como perdido no tempo,

Como rio que corre em vão.

E quisera que triste o lobo,

Entoasse uma velha canção,

E a cada noite, no tempo certo,

Abandonasse a tristeza que sente então.

Mas o lobo quase chora,

Por amor, uma paixão.

Que nasceu pra durar... Por muitas luas.

l

Jorge Antonio Amaral
Enviado por Jorge Antonio Amaral em 01/06/2017
Reeditado em 02/06/2017
Código do texto: T6015938
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