POEMA FECHADO.
Tranquei-te
no beiral de um
poema,
com seu vestido
de rendas,
tranquei-te
em colossais
vidraças,
só para me ver
passar,
tranquei-te
no ato do beijo
para colher suas
sensações,
tranquei-te
em mim, este
universo sem fim,
tranquei-te
numa tarde de verão,
mostrei
o meu coração,
depois tranquei-te
na noite,
sob a luz de lampião,
bebemos e comemos
sonhos,
banhamos em lua de prata,
depois de tanto amar-te,
tranquei-te
do lado esquerdo
na casa do coração.