DUVIDA SOM A MORTE

Morte, oh morte... Ninguém quer lhe beijar

... Mas você beija... E beija sem amar!

Em sua anciã insaciável, beija e leva

e quando acaba de beijar... Deixa lagrimas,

saudade e sentimentos de trevas.

Morte, oh morte!

Que mania é essa de ser insatisfeita?!

Anda, lado a lado como se fosse sombra,

não dar ouvidos a nada e ainda

assombra o ato no qual estronda,

como se fosse bomba.

Morte... Você poderia me dizer...

Com qual cor jeito e forma, você vai

me convencer? Como vem quando vem?

Poderia me dizer, se quando vir

irá me levar de: dia, noite, tardinha

ou será ao amanhecer?

Estarei serio, triste, ou na alegria?

... Tirar, você me tira, sua caduca...

Mas nunca tira as minhas duvidas.

Não me tome por mal gosto

... Me diga com qual rosto

você vem buscar o meu gosto?!

Em qual meio irá me pegar?

estarei dormindo, ou acordado?

Em qual estação será?

Será sol ou será chuva...

Dá para tirar, as minhas duvidas!

Com certeza você veio da ditadura

ou faz parte de algum planalto

planeja sem dizer, e aprova

e quando menos percebemos...

Já fazemos parte do seu fardo.

Antonio Montes

Amontesferr
Enviado por Amontesferr em 01/06/2017
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