Olhando- te

Não adianta apontar-me o dedo

Aponte-me um caminho, que sigo

Há lugares bem distantes de nós

Mesmo agora olhando-te nervosa

Meu riso vasa por dentro, bem irônico

Não adianta trancar as portas do tédio

Tédio é gasoso e moroso, mas te al-

cança em vários dias e noites

Mesmo agora olhando-te vermelha

Meu riso explode por dentro, temeroso

Não adianta enganar a balança nem os

Relógios, são objetos feitos a tua revê-

lia. São feitos para metas e de metais

Mesmo agora olhando-te endoidecida

Meu riso escorre pelos dentes, vencedor

Milton Oliveira

30maio/2017

milton antonios
Enviado por milton antonios em 31/05/2017
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