Viver Novo...

renascer, renasço...

no primeiro olhar, e vejo-me...

ao lavar o meu rosto nesta água...

que turva com as minhas mãos...

molhadas me livro aos pingos pois de pele em alma apenas...

ajoelhado pernas minhas e pés sujos de meu nascimento o vento quer enxugar nem as gramas e nem meu olhar consegue ver o limpo da lama que padeço em esfregar nas folhas e relvas aqui perto em olhares vejo ainda longe espaço muitas cores e azuis que este céu liga-se aos verdes...

levanto-me vagarosamente secando a lama úmida se eleva ao pó sobre o restante, e o perfume se propaga avançando o olhar respirado pelas narinas e procuram tal cheiro de relva cinza...

o verde hortelã e o lilás caschmer...

aquele fruto reconheço em forma e não ao paladar...

a mirra quero num banho ser suas folhas e numa onda voar sobre as águas desta atmosfera de liberdade...

voares no mar e mergulhares nas nuvens...

amares...

elevares...

discordares, mas aceitares...

a eternidade longe da ilusão...

e somete minhas pegadas me vejo nelas e desaparecem a cada...

uma que se pesa meu desaparecido ser que renasceu e gatinha somente no espirito que desconhece tal viver novo.

CARLLUS ARCHELLAUS
Enviado por CARLLUS ARCHELLAUS em 31/05/2017
Reeditado em 31/05/2017
Código do texto: T6014536
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