Viver Novo...
renascer, renasço...
no primeiro olhar, e vejo-me...
ao lavar o meu rosto nesta água...
que turva com as minhas mãos...
molhadas me livro aos pingos pois de pele em alma apenas...
ajoelhado pernas minhas e pés sujos de meu nascimento o vento quer enxugar nem as gramas e nem meu olhar consegue ver o limpo da lama que padeço em esfregar nas folhas e relvas aqui perto em olhares vejo ainda longe espaço muitas cores e azuis que este céu liga-se aos verdes...
levanto-me vagarosamente secando a lama úmida se eleva ao pó sobre o restante, e o perfume se propaga avançando o olhar respirado pelas narinas e procuram tal cheiro de relva cinza...
o verde hortelã e o lilás caschmer...
aquele fruto reconheço em forma e não ao paladar...
a mirra quero num banho ser suas folhas e numa onda voar sobre as águas desta atmosfera de liberdade...
voares no mar e mergulhares nas nuvens...
amares...
elevares...
discordares, mas aceitares...
a eternidade longe da ilusão...
e somete minhas pegadas me vejo nelas e desaparecem a cada...
uma que se pesa meu desaparecido ser que renasceu e gatinha somente no espirito que desconhece tal viver novo.