TANTA GENTE

TANTA GENTE

Tanta gente

Que saía pela tangente

Agora sem salvação

Apela pra delação

E fala pelos cotovelos

Desenrolando novelos

Cheios de embaraços

Para donos dos pedaços

Os relatos são de arrepiar

De fazer larápio corar

E de tanta desfaçatez

Haja rubor na tez

São bilhões daqui pra lá

Pro exterior, pra acolá

Pra pavor dos atingidos

Que gritam “não somos bandidos”

Mas suas defesas

Não passam de castelo de cartas

Marcadas pelas proezas

De suas roubalheiras fartas

Espero que todos, sem exceções

Inchem as já lotadas prisões

De pés de chinelos

E quiçá agora de donos de castelos

Que essa marginalidade

Que tomou conta da sociedade

Seja varrida do mapa

E demos a cara a tapa

Que nos sirva de lição

E na próxima eleição

Votemos com consciência

Não fazendo do voto indecência

Arnaldo Ferreira
Enviado por Arnaldo Ferreira em 31/05/2017
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