TANTA GENTE
TANTA GENTE
Tanta gente
Que saía pela tangente
Agora sem salvação
Apela pra delação
E fala pelos cotovelos
Desenrolando novelos
Cheios de embaraços
Para donos dos pedaços
Os relatos são de arrepiar
De fazer larápio corar
E de tanta desfaçatez
Haja rubor na tez
São bilhões daqui pra lá
Pro exterior, pra acolá
Pra pavor dos atingidos
Que gritam “não somos bandidos”
Mas suas defesas
Não passam de castelo de cartas
Marcadas pelas proezas
De suas roubalheiras fartas
Espero que todos, sem exceções
Inchem as já lotadas prisões
De pés de chinelos
E quiçá agora de donos de castelos
Que essa marginalidade
Que tomou conta da sociedade
Seja varrida do mapa
E demos a cara a tapa
Que nos sirva de lição
E na próxima eleição
Votemos com consciência
Não fazendo do voto indecência