Padroeiro do Sertão
Na ressequida terra, entre as escassas plantas resistentes.
Vive aqui frondoso, o glorioso santo da caatinga, em seu andor ornada na terra com flores pungentes.
Viva a Santa Árvore, sob o dono do sertão impiedoso.
Perde folhas e seca-lhes seus galhos, porém, firme mantém-se o santo, humilde e silencioso.
Abaixo da terra infértil, conserva em segredo na sua estirpe o líquido precioso.
Quando então é tempo e só em seu sagrado tempo, desce do céu a tão desejada graça.
Fazendo descansar a caatinga sofrida, trazendo esperança e o acalento. Pois mesmo que por um momento o mal da seca passa.
Quando em outubro mais frondoso fica então.
Renova-se o verde, os galhos, o tronco, e junto com ele reaviva o sertão.
Renova-se a caatinga, a vida novamente vinga, enche o homem de esperança o coração.
Salve grande padroeiro.
Salvo exemplo de resistência, grande santo guerreiro.
Salve teus sagrados frutos, presentes saborosos do teu interior sacro, tua continuação.
Salve glorioso santo, símbolo máximo do sertão.
Rege a terra que é tua, esteja cheia ou esteja nua.
Roga pelo povo desta terra, grande padroeiro.
Interceda ao Pai pelo sertão, glorioso Santo Umbuzeiro.