Padroeiro do Sertão

Na ressequida terra, entre as escassas plantas resistentes.

Vive aqui frondoso, o glorioso santo da caatinga, em seu andor ornada na terra com flores pungentes.

Viva a Santa Árvore, sob o dono do sertão impiedoso.

Perde folhas e seca-lhes seus galhos, porém, firme mantém-se o santo, humilde e silencioso.

Abaixo da terra infértil, conserva em segredo na sua estirpe o líquido precioso.

Quando então é tempo e só em seu sagrado tempo, desce do céu a tão desejada graça.

Fazendo descansar a caatinga sofrida, trazendo esperança e o acalento. Pois mesmo que por um momento o mal da seca passa.

Quando em outubro mais frondoso fica então.

Renova-se o verde, os galhos, o tronco, e junto com ele reaviva o sertão.

Renova-se a caatinga, a vida novamente vinga, enche o homem de esperança o coração.

Salve grande padroeiro.

Salvo exemplo de resistência, grande santo guerreiro.

Salve teus sagrados frutos, presentes saborosos do teu interior sacro, tua continuação.

Salve glorioso santo, símbolo máximo do sertão.

Rege a terra que é tua, esteja cheia ou esteja nua.

Roga pelo povo desta terra, grande padroeiro.

Interceda ao Pai pelo sertão, glorioso Santo Umbuzeiro.

Uedson
Enviado por Uedson em 30/05/2017
Código do texto: T6013612
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