Desabrigados
Vivemos num mundo onde é cada um por si
E Deus por todos, Ainda bem que temos
A ele para nos dar consolo, e aquele olhar
Amoroso, ainda bem meu irmão
Que tem como coberta um chão
De estrelas, que vive seminu na rua
Que na noite só tem a lua
Para o iluminar, com seu luar de prata
Para sonhar, nesse teu existir de fome e abandono
Ignorado por todos será...que foi o destino
Quem quis assim? Não! São os governantes
Insanos, que não rezam, são mentes doentes
Desprovidas do amor, não prezam a vida,
Não comungam juntas, não promovem a paz.
Mentes alucinadas, obcecados pelo poder,
Que causam dor, trazem a guerra.
Ceifam a vida de inocentes, dizimam, destroem a terra
Esquecidos que todo ser humano tem o direito a sonhos a vida,
Há, meu irmão, queria fazer minha morada na rua
De cantoneira erguer meu barracão
Com flores na decoração
De estrelas fazer meu chão
Sem janelas sem cortinas
Na sombra da noite
Iluminado pela lua e velas
Aquecida pelo fogo de chão
E viver como meu irmão
Para sentir no coração
Amor e compaixão .