Aqui, um homem.
Ali, uma mulher.
Ali, outro homem.
Aqui, outra mulher.
O crucifixo na parede.
Palavras desferidas,
Lâminas afiadas,
Nada, da vida.
Peças dispostas
Entre promessas
De um imenso
Quebra-cabeças.
O tom noturno da fé
Queimado entre lençóis,
O que será de nós?
Nesta noite,
Não haverá sonhos.
A fera, entre dentes e gemidos
Aos ouvidos causticados
Por segredos indizíveis.
O ponteiro do relógio
Está cansado das horas.
Umedecidos lábios conformados
Com o desejo contido no pecado.
Deste lado, o homem,
Do outro lado, a mulher.
Os terceiros nunca serão os primeiros
A reconhecer a nata verdade,
O corpo não lhes pertence,
A alma não lhes pertence.
Talvez,
O imbróglio da nudez copiado
Numa tela manchada
De um sangue que não é de ninguém.
Todos morrem,
Ninguém vence.
Mário Sérgio de Souza Andrade - 29/05/2017
Ali, uma mulher.
Ali, outro homem.
Aqui, outra mulher.
O crucifixo na parede.
Palavras desferidas,
Lâminas afiadas,
Nada, da vida.
Peças dispostas
Entre promessas
De um imenso
Quebra-cabeças.
O tom noturno da fé
Queimado entre lençóis,
O que será de nós?
Nesta noite,
Não haverá sonhos.
A fera, entre dentes e gemidos
Aos ouvidos causticados
Por segredos indizíveis.
O ponteiro do relógio
Está cansado das horas.
Umedecidos lábios conformados
Com o desejo contido no pecado.
Deste lado, o homem,
Do outro lado, a mulher.
Os terceiros nunca serão os primeiros
A reconhecer a nata verdade,
O corpo não lhes pertence,
A alma não lhes pertence.
Talvez,
O imbróglio da nudez copiado
Numa tela manchada
De um sangue que não é de ninguém.
Todos morrem,
Ninguém vence.
Mário Sérgio de Souza Andrade - 29/05/2017