TURBILHÃO
Nada! Nada ficou de nós,
a não ser... A vontade de sobreviver
em mim, e em mim também...
Ficou a grávida esperança,
a qual, esta parida de filhos...
Pariu dois filhos, um casal ... Gêmeos
ambos já vieram com nomes:
Ódio, e indiferença.
É caótico relatar que:
Da forma que eles irão crescendo
eu vejo a felicidade se dissipar sobre
o azul das nossas vidas...
Vejo também, a sombra da escuridão
turvar a minha meiga paixão.
Em passos por essa estrada...
Tenho tentado a me agarrar as margens
dos nossos sonhos,
mas o temporal da incompreensão...
e seus abraços amargos,
me toma em seus braços largos.
Em meio essa catástrofe...
O meu coração titubeia,
meu sonho leva peias, e eu...
Me perco no turbilhão da minha visão.
Antonio Montes