Faz de contas
Acho que passamos o tempo
brincando de amores,
Dores, esperança e desatino...
O hoje, cor de rosa do céu,
foi o cinza de ontem,
A lembrança do azul escarlate
Num futuro que não se fez...
Acho que brincamos de tempo...
Aqui, aí, entre as nuvens
Que apenas nós entendíamos,
crianças que éramos!
Fomos, já não somos mais.
E na certeza de um espaço
indivisível e único
estaremos de novo,
frente a frente,
lado a lado, se preferir,
num faz de contas
que é vida.