Ah poesia!
O papel da poesia
É seguir seu cotidiano
Sem compromisso, sem ambição,
dormindo ao relento
ouvindo o sopro dos ventos.
Beijando estrelas,
Descendo com os rios, descansando nas árvores,
Voando com os pássaros,
Pousando nos livros, se emocionando.
Ah poesia!
Num café, nas ruas, invadindo os espaços,
Chorando à negação de um abraço.
Conservando algumas certezas.
É a poesia que fala do amor e sua realização,
Voando com os pássaros,
Pousando nos livros, se emocionando.
Ah poesia!
Num café, nas ruas, invadindo os espaços,
Chorando à negação de um abraço.
Conservando algumas certezas.
É a poesia que fala do amor e sua realização,
Fala duma esperança que virou decepção.
Ah poesia!
Às vezes carrancuda, ou cheia duma falsa alegria,
Vai sem rumo,
Calando,
Viajando...
Ah poesia!
Às vezes carrancuda, ou cheia duma falsa alegria,
Vai sem rumo,
Calando,
Viajando...
Um infinito adeus, dentro do peito vai levando,
Gritando a tudo, a felicidade de vencer mais um dia.
Sentindo-se grata pelo seu existir.
Gritando a tudo, a felicidade de vencer mais um dia.
Sentindo-se grata pelo seu existir.
Sem pressa,
Observando o que um amor pode causar,
Observando o que um amor pode causar,
Não deixando o desamor, o seu amor próprio abalar,
E vai, por caminhos de difícil acesso,
Dizendo bobagens,
E vai, por caminhos de difícil acesso,
Dizendo bobagens,
Resistindo a saudade, bebendo as paisagens.
Por ironia, ainda sorri.
Vai, poesia, desaparece no tempo, feito poeira,
Há distância garantida para uma vida inteira.
Por ironia, ainda sorri.
Vai, poesia, desaparece no tempo, feito poeira,
Há distância garantida para uma vida inteira.