3:30: A CHUVA
Olhos de ateu comendo o azul,
vento calado trançando as folhas.
O gole da chuva na despedida,
arrepio de equilíbrio e pecado.
Tua nuvem acorda em solidão
Mastigando o silêncio,
São pingos sobre a terra seca,
Despertando a lua em brisa.
Cai no rosto o choro do céu,
limpeza da alma em soluço.
Caminha pelos córregos da pele
o cantar da luz em poesia.
Relâmpago!
-Trovejei em sua boca!
3:30: ah! chuva!