POEMINHAS PARA LER SEM PRETENSÕES.
Enquanto o dia
vai tratando dos
acontecimentos,
os redatores preparam
a papa mastigada
para o jornal nacional.
Quando me meto
no mundo das letras,
não estou fazendo arte,
estou é tentando me
livrar da loucura.
A diferença
entre democracia
e a ditadura,
é que, numa você pode
gritar, na outra você
tem que engolir o grito.
Um dia me disseram:
Esta tão só,
ai, respondi, eu ,jamais,
estou comigo mesmo
em todos os
cantos da casa.
As coisas são assim,
o que há de estranho nelas
são vocês que inventam.
Um dia pediram
para ler minhas mãos,
sugeri que lessem
meus olhos,
minhas mãos pegam
o físico,
meus olhos tocam
a alma.
O tempo vai
me destruindo,já viu
que não nos damos bem,
não ha como fugir
dos nossos encontros,
agora mesmo estamos
abrindo um álbum
de fotografias.
Me da gosto
não participar de nada,
nada é uma coisa que
me exita,
as pessoas se matam
com meu jeito
solto de me sentir estranho.
Não tenho medo
da morte,
a morte é uma velha
ultrapassada,
enquanto ela me espera,
me eternizo num
poema, a poesia
é o antidoto para
manter agente vivo.
Nunca quis
ser interessante,
o que sempre sonhei
é com um canto qualquer
onde eu pudesse curtir
todas as fases da solidão.