PARA AS HARPIAS E PARA O MAR
Nomeei um sentimento para guardar sob a proteção das harpias
Um sentimento que perdi ao tocar a face do abismo
Quando notei que tinham sido sem sentido meus devaneios púberes
Quando a ferrugem mastigou minhas penas e meu tinteiro...
Sentei então à beira-mar pra ver o vai-vem das ondas e o crepúsculo
E vi minha sombra ir embora
Entre a espuma das ondas que quebram e voltam.