PARA AS HARPIAS E PARA O MAR

Nomeei um sentimento para guardar sob a proteção das harpias

Um sentimento que perdi ao tocar a face do abismo

Quando notei que tinham sido sem sentido meus devaneios púberes

Quando a ferrugem mastigou minhas penas e meu tinteiro...

Sentei então à beira-mar pra ver o vai-vem das ondas e o crepúsculo

E vi minha sombra ir embora

Entre a espuma das ondas que quebram e voltam.

Caio Braga
Enviado por Caio Braga em 23/05/2017
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