Castelo Medieval
A democracia estava pegando fogo/
Vi pelos corredores/
Muitos reis apressados tentando salvar a sua pele/
Carregavam nos bolsos/
Muitos bens de valores/
Ouvi também um grito/
Como a gemer de dores/
Mas ninguém voltava/
Desespero e muita aflição/
Que o meu coração/
Não conseguiu agüentar/
Solidário fui até lá/
E era um homem do povo/
Com parte do corpo em chamas/
Com cobertores das mesas de reuniões/
Sob forte pressão/
Consegui tirá-lo de lá/
Quando humilde me agradecia/
Reis e príncipes voltaram para prestar socorro/
Mas o coitado dizia, que já estava salvo/
Mesmo assim fotos e bandeiras se uniam a comoção nacional/
Enquanto muitos registravam suas entrevistas/
Na pista do salão principal, o homem morria/
E muitos que nem estavam na ocasião/
Agradeciam aos falastrões/
Fiquei de longe apreciando a multidão/
Que mesmo vendo todos os fatos/
Creditaram-se a ilusão/