Bagunças emocionais
Desculpe a bagunça!
Meu mundo está em reformas.
Nessa bagunça,
Tento encontrar meus cacos.
Nesses transtornos
As vias do meu coração
Estão sendo pavimentadas.
Disfarce o olhar
Ao entrar no meu quarto
Os lençóis ainda estão amassados
Os travesseiros ainda exalam seu cheiro
As lembranças do nosso amor
Estão como telas nas paredes.
Tente não olhar ao redor
Ainda há xícaras de café
Sobre o criado mudo
E nelas a marca da sua boca.
Ainda sinto a umidade nos lençóis
Molhados de suor
Com gotas do nosso amor.
Quanto as paredes,
Elas continuam mudas
Guardando em grito
Com ar de felicidade
Nossa intimidade.