Em quadro lúdico
Que culpa tem a natureza,
Se diante de tamanha beleza,
Ficou sem argumento
despencou-se do tempo um momento,
em que o corpo, em contraste com a selva,
fez se confundirem suas relvas,
que a libido se pôs a pintar;
quando a mata, até então virgem,
convidou a casta, para nela morar;
ambas não tinham álibis,
tinham o doce de atrair colibris
tinham a sede de beija-flores;
em volúpia pintaram as cores,
tintas, pincel e cinzel,
com brindes de invisível tonel
ao ritmo de espontânea acústica
marcaram em paisagem tão rústica
perdidas em paisagem qualquer
juramentaram-se natureza e mulher