Valentes frutos

Que minhas vontades nunca se calem, nunca abandonem o barco, nunca sumam de vez.

Que cada grão de sonho ainda deixe pegadas nas dobras da minha alma.

Que possa sempre dizer cheguei, dizer amei dizer chega.

Que sempre tenha munição pra não fugir das minhas sombras, dos meus desenganos, das minhas ciladas da fé.

Que meus frutos sejam saborosos, altivos, destemidos, valentes, fiéis escutadores, pujantes arremates do que der e vier.

Que não esqueça das minhas raízes, dos meus trancos, das minhas escapadas, dos meus deslizes tantos.

Que nunca esqueça das mãos amigas, dos colos esperados, dos ombros a postos, das vidas que pude não deixar morrer.

Que sempre seja capaz de me atracar às essências daquilo que chamam de mistério, que entendem como sagrado, que conservam como bonito.

E que, sobretudo, que seja feliz, custo isto o tanto que custar.

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Oscar Silbiger
Enviado por Oscar Silbiger em 19/05/2017
Código do texto: T6003615
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