Entardecer
Ao entardecer
As nuvens passeiam
No céu azulado
Na ternura coberta de lírios
Com o vento no silêncio
Num baile constante
Lá no alto
Bem no cimo
Da montanha escarpada
A águia real
Voa silenciosamente
À procura de uma presa
Seus piares
Agitam o ar sibilino
Como ave predadora
E agita suas asas brancas
Numa dança ritual
Por montes e vales.
Por terras selvagens
O homem cria
Uma humanidade nova
Prenhe de verdura
Acariciada pela criança
No meio da sua infantilidade
O poeta perdido
Na grandiosidade da natureza
Espia a águia já no ninho
A proteger seus filhotes
A maravilha surge com naturalidade
Com o cântico das aves.