Mágica

Um ode a todos os desenganos

Às certezas diluídas

Ao fim do amor

E aos começos trôpegos.

Um canto a todos os ideais

Quiçá despedaçados

A vida sem poesia, sem arte

Que toca por sua pobre semântica.

A hora da estrela, tão comum

Espetáculo do corriqueiro

É como olhar o azul do céu

E respirar um existir qualquer.

Celebrando a festa da insignificância

Do ir e vir nos achados e perdidos

Integramos o grande mistério da matéria

Sem justiças e propósitos, sem mitos.

Mas nesse caldo de insosso descontentamento

É possível ver um musgo discreto, que brota do cimento

E pensar: que espanto!

Há, sem dúvida, um toque de mágica em qualquer canto...

pedro toscan
Enviado por pedro toscan em 17/05/2017
Reeditado em 24/11/2017
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