Dúvidas




Quando a minha alma silencia, eu os percebo calmamente.
Eles estão em quase todos os lugares
       Nos prados
       Nas cidades
       Presos ou em liberdade.

É quando fico intrigada, me perguntando...
_ Será que eles sentem a paz que eu sinto,
quando ponho o meu olhar se perdendo,
no imaginário plantio de algodão?

Será que eles sentem amor,
Será que sabem lidar com a solidão?

Será que eles
Enxergam um dia que nasce tão bonito,
será que se encantam com as nuvens
de fundo azul.
Dúvidas 
dúvidas que se vão para o infinito.

Ah minha alma louca,
A minha alma,
que agora deu para se perder por aí,
minha pobre alma
que do mar de sonhos quer fugir.

Alma,
Que quer, uma realidade sem plumas,
Agora ela é ave querendo descansar.
Ouve o chamado da vida, mas não sabe o porquê.
Ela não entende e já não quer saber.

Agora eu me ponho à pensar;
Será que eles gostam das manhãs, ou do anoitecer,
Afinal será que os seus devaneios resfriam
sem temas, sem poemas na rua do entardecer?

Será que ele sentem o cheiro dum botão que floresceu,
Será?
Será que eles, magoam,
Será que sentem quando são magoados?

Daí me sinto como um destes pássaros soltos,
voando pelos céus  e
que seguem à revelia pelo mundo, como eu.

                                  Liduina do Nascimento










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Liduina do Nascimento
Enviado por Liduina do Nascimento em 16/05/2017
Reeditado em 18/05/2017
Código do texto: T6000897
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