Ator e Poesia
Não imaginaria o compositor o geral sofrimento
Não lhe faltasse tanto aquele particular alento
Vai a arte imitar a vida nas sutilezas do vento
Negando tornar-se o revolto Tornado; do tempo
Ator e Poesia não vivem sem a morte
De Árvores que se deitam majestosas
Aos senhores das cortes e dos cortes
Não imagina a semente que brota menina
Da frondosa má sorte
De assim ser tão celulose
Segue o ator, segue a poesia
Seguem a vida das páginas da vida
O amor pelo próprio amor perseguem na lida
Cotidiana e insóbria; a lavra sofrida dos cegos
Ator e Poesia não vivem sem a privação
Sem a ausência que dá sentido completo
Ao repleto feixe de tudo quanto é intitulação
Ator e Poesia vivem
Seguem, Ator e Poesia
A tempo, comovem seu tempo
O tempo lhes engole com vida