DIAS CINZENTOS
Rastros de pólvora dispersos entre neblinas azuis de luzes trêmulas;
Trovões rasgados sobre as cortinas do tempo;
Pingos de lágrimas entre chuva nova de mágoas antigas;
Desejos doces de paixões amargas;
Relâmpagos que cortam a noite;
Versos que não dizem nada;
Gritos contidos sobre o eterno silêncio de vozes caladas;
E esse vento frio de inverno quente...
Revigorando dores na beleza obscura dos dias cinzentos!