Tanto Amar
No traço que se revela no verso
Há o contorno do teu nome
Embaralhado em entrelinhas
E apenas chamo-te de tu
Minhas mãos te abraçam
Envolvendo-te em letras
Cobrem-te com palavras
Em linhas de carícias
Trôpegas por tanto afeto
Amo-te assim em cicios
Nunca a alma tão entregue
Nem mais sereno este confessar
Jamais tão despojada de temores
Um amor que floresce como o sol
Que se sabe a chegar
Sempre e em cada aurora
No silencioso mistério dos dias
© Fernanda Guimarães
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