NO FIRMAMENTO!
Já de muito tempo diziam
A arte de maravilhar-se
Mesmo sendo tudo previsível
O sentido alento do capaz
Humano ato de conjurar
Dentre os misteriosos fantasmas
Levam sempre ao pensar além
Pensamentos, sonhos fabricados
Iludem sempre os acordados
No paradoxo do progresso
A impressão do moderno
Agindo como regressão
Legitimamente banindo
O sensível e invisível mundo das idéias
A alegoria e simbolismo da arte
A linguagem e a prosa do poeta
Impiedosamente analisando tudo
Qualquer forma e maneira de manifestar-se
Essa grande proeza do demente
Será a grande conquista da ilusão que só mente
Penso que só podem ver as nuances
Da matéria, a luz e a sombra
Mestria e representação
Tornaram-se escorços
Primos da redução
Obreiros do diminuto
Já não sabem se tiveram a idéia
Se criaram a invenção
Imitam por elegância ocasião
Assim que é o reino da terra
Pois o céu não há de ter fim!