Insônia

Quantas meia-noites de insônias e fantasmas!

As sombras que me assustam não são as piores,

Mas as que convidam a duelos de horrores

Nas madrugadas tortas de silêncio e calma...

São discussões infindas entre perdedores

Que habitam todos uma só pequena alma;

Que se iludem, tolos, com a verdade que plasmam:

São oleiros de barro, auto-deformadores...

São meus interiores que roubam-me o sono

Com disputas gritantes que perdem sentido

No silêncio da imensidão da indiferença...

E, monarca deposta, sem cetro, sem trono,

Eu ordeno que parem! Mas não sou ouvida:

De tão acordada, nem noto-me a presença...

Iacoe Michaela
Enviado por Iacoe Michaela em 13/05/2017
Reeditado em 22/12/2017
Código do texto: T5998215
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