OCASO
OCASO
A imagem no espelho
Moldura o meu relento
Abismado pelo que vejo
Tento, tento, tento
Não submergir ao infortúnio
Do desgaste que observo
Mas da depressão sou servo
Velho e enrugado
Conforto-me no passado
Em que a visão
Era de pássaro alado
Desbravador do mundo
Que agora considera imundo
Revelado numa face
Que não renasce
E apaga-se incessantemente
A frente de um espelho
Que lamentavelmente
Jamais mente