Estrela preta

No chão,

uma estrela preta.

Astro de brilho atrofiado,

seus relevos alternam entre

o liso e o áspero,

qual certos minerais.

Protagonista de minha vista,

aquela ferida na experiência

turva todo o em torno.

Que ventre escroto

expeliu aquele

floco escuro,

foco do nojo,

concentrado!

Vida sem carne,

coração do lixo,

é força que pulsa

dos escombros e no

avesso das paisagens:

desloca-se com gozo por entre o que se descarta.

Fruto daquela natureza

desbotada e fria,

só cantada pelos

poetas do esquecido,

não é mais que um ponto

(sujo)

na iminência de explodir,

não pelos gases da química

mas pelo fortuito encontro

com a sola dura.

Brancamole substância a de escorrer

do então embrulho de mistura do

que por enquanto ainda é

asa, antena, pata

BHChads
Enviado por BHChads em 12/05/2017
Reeditado em 12/05/2017
Código do texto: T5996832
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