A repressão é casual
 
Vale sair para fora do tempo
No itinerário social dos sonhos reais
O raio de sol amplia-se e o tempo gira
Num caminhar à toa e sem destino
Do círculo fechado nu e casual
Em um mundo dominado por uma visão cega
Reconhecido pelo formato que deprime os fatos
O raio do sol ponteia no espaço livre
E marca no rosto que arde mistérios vagos
Na decência formal dos desencantos
Que sem destino faz um universo estético
E submerge na divagação de um sonho sem memória
No eco que filtra as emoções passadas
Entrelaçadas na gaveta sem lógica
No silêncio que perpassa na luz do horizonte
Vinda de um amor que se deseja vida afora
Perdeu-se tudo pela exaltação e restou o espaço
Que pode ser preenchido na concha corrente
Do acaso que escolhe o segredo como essência
Que segue o caminho da luz submersa
E solicita um afago na pele não tocada
Nas noites dopadas pelo silêncio pontual
Joga-se para o tempo fora de propósito
Que desvia a emoção para formular
Sobre os olhos grandes do mundo
A gestação de uma nova época




Creative Commons License
This work is licensed under a Creative Commons Attribution-NoDerivatives 4.0 International License.


 
 
Gernaide Cezar
Enviado por Gernaide Cezar em 10/05/2017
Reeditado em 11/05/2017
Código do texto: T5995077
Classificação de conteúdo: seguro
Copyright © 2017. Todos os direitos reservados.
Você não pode copiar, exibir, distribuir, executar, criar obras derivadas nem fazer uso comercial desta obra sem a devida permissão do autor.