Insônia


Mais uma vez
O sono malvado
Escapuliu silencioso,
Como ele só.

É assim que ele foge,
De mansinho, nem dá para notar.
Quando me dou conta
Estou de olhos abertos,
Fitando a escuridão.

Escuto o silêncio da noite,
Que me traz boas
E más recordações
As más, empurro-as
Para os cantos mais escuros do quarto.

Não preciso senti-las
Esmagando meu coração.
Às boas, aconchego-me,
Como se fossem meu cobertor.
Abraço-as com carinho e sofreguidão,
Até que meus olhos se fechem ,
Acariciados pelo sono
Que, arrependido, encabulado,
Decidiu voltar...
Antonia NeryVanti (Vyrena)
Enviado por Antonia NeryVanti (Vyrena) em 10/05/2017
Reeditado em 12/09/2017
Código do texto: T5994898
Classificação de conteúdo: seguro
Copyright © 2017. Todos os direitos reservados.
Você não pode copiar, exibir, distribuir, executar, criar obras derivadas nem fazer uso comercial desta obra sem a devida permissão do autor.