Sob o risco de

À borda do precipício

pernas balançando no vazio

entorpecido pela vertigem

em céu sem fuligem

em ares de águias vadias

éden desabitado, baldio

peregrino em abraços ambíguos

ameaça de laços afoitos

de abrigar em coração exíguo

surpresa ao amor, atônito

a iminência de uma parceria

de mão, que nunca se alia

surpreende o rosto latente

de mudo interior carente

assustado pelo verbo querer

avaro ao conjugar dividir

prostra-se à visita invasiva

infenso, mas querido e tomado

incrédulo, verga-se à doce regalia

Roberto Chaim
Enviado por Roberto Chaim em 10/05/2017
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