Sob o risco de
À borda do precipício
pernas balançando no vazio
entorpecido pela vertigem
em céu sem fuligem
em ares de águias vadias
éden desabitado, baldio
peregrino em abraços ambíguos
ameaça de laços afoitos
de abrigar em coração exíguo
surpresa ao amor, atônito
a iminência de uma parceria
de mão, que nunca se alia
surpreende o rosto latente
de mudo interior carente
assustado pelo verbo querer
avaro ao conjugar dividir
prostra-se à visita invasiva
infenso, mas querido e tomado
incrédulo, verga-se à doce regalia