Os versos seus
Pelo ar, posso sentir na brisa, a meiguice da sua imaginação,
há um clima de felicidade invadindo os céus negro ou azul.
A sua intensidade faz de mim ausente mas não distante.
Os seus poemas desfilam em minha mente,
neles os meus olhos se perdem e a minha alma se reencontra
nesses doce e insistentes pensamentos meus que tanto quer você.
Feito esse meu amor, constante é o vento,
varrendo tudo pelo oitão da casa,
vai batendo as portas, as janelas, percorrendo todos os vãos,
invadindo o quarto, e da cabeceira rouba alguns versos secretos meus,
leve distração.
E sopra esperança, vento, passa pelo canteiro do quintal,
beija a flor da espera, à mercê do tempo, jamais esquece o seu amor,
ah flor. Ah versos seus, que ao me reerguer para segui-lo,
eu piso sobre as pétalas dos seus sonhos, que se misturam à poeira
Num vem e vai, e os seus versos se encontram com os meus,
que voltam sozinhos,
ainda assim buscam intensamente os seus passos, sente o sol,
imagina-se em você tornados de carícias,
no calor dum vulcão que deve adormecer num sonho que me inquieta,
e quieta sonho eu.
Amo cada letra, cada ponto, adoro a sua alma que voa sem reticências.
Seguir os seus rastros alimenta a minha paixão,
é como se a vida me prometesse uma chance pra eu ser muito feliz
um dia quando eu puder ouvir de sua boca sem as palavras tímidas,
mágicas, sentir os seus gestos nesse fogo da minha imaginação,
você, tão diferente de tudo,
tenho muitas vezes a divina impressão de alcançá-lo,
Amor que não fenece e em meu leito todas as noites eu calo.
Assim acontece uma vida numa silenciosa rua,
Numa casa simples de portas para o sol nascente,
a sua modesta entrada não tem jardim,
às vezes chove, resfria a aflição de não ter você,
esta casa guarda em um canto, um mundo de vontades, saiba,
É você, meu adorável Poeta, eterno dentro de mim.