São poemas
Meus poemas falam de abandono
mas rimam com a felicidade
e se a dor pintam,
vivem sossegados
e a mesma dor que arde,
encanta
e a que me maltrata,
também ama.
Meus poemas falam de solidão
e confabulam com multidões
e choram e sentem saudades
e correm livres como o vento
e presos, vêem a felicidade
e amam tão contentes
que mais perecem ser sementes
trovejando a paciência
que verões me guardam.
Meus poemas falam de mim!