Os calos se apertam...*

Os calos se apertam

Na busca contínua do momento

Quando este recusa a linha

Com uma tangência mais tênue

Olhar ao redor como um incerto

O aperto do ego

Que de ferido rejuvenesce

E brilha na direção adiante

Nada como um dia atrás do outro

E uma noite no meio

Essa dança não pode parar

O reclame saiu na gazeta

A lágrima plantou uma flor

Passou, passou por aqui,

Um brilho mais intenso

A voz com o seu mérito

Reluz aos olhos

Com a mão à palmatória

Como cúmplice da ordem

Apenas em silêncio

Ouvimos o ruído

Ensurdecedor do infinito

O ostracismo ao entulho

Como força maior que tens

Nos detalhes que se aprende

De comos & porquês

Avaliando o correto

O sabe é justo

A incompetência é como o ar

Muitos & todos respiram

Alguns detêm

Mesmo por instantes

Mas todos perdoam alguns pecados!

Peixão89

*(faz parte do Tombo XXI – “Para Sentir” – 1993)

Peixão
Enviado por Peixão em 09/08/2007
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