Quintessência
Queria no dedilhar abrir meu coração
Mas ele abriga um receio do desconhecido
E teme que o que guarda - sua paixão
Na mistura com o oxigênio seja distorcido
Quem sabe num descuido por entre uma unha
Nestes serões escape um pouco da minha essência
E tenha algum perdido como testemunha
Para me dar parabéns ou condolências
Porque desperta uma coragem adormecida
E a vontade de escrever é uma avalanche
Que desconhece freio nesta descida
E me grita que talvez não tenha outra chance
E vou semeando palavras que não criam raízes
Pois etéreas, não ficam no chão
Borboletas em movimentos e matizes
Me sinto leve, em evaporação.