AMORES IMPOSSÍVEIS

Chegaste...

Quando já estava esquecido

O tempo de amar

O doce sabor de querer

Vontade de beijar...

Ou de chamar: querido!

Chegaste...

Retirando folhas amarelas

De outonos passados

Momentos de calor

Carinhos amordaçados

Cores de minha aquarela

Chegaste...

Desarrumando os sentidos

Revirando minha vontade

Desnudando os conceitos

Despudorando as verdades

Sem que eu tivesse percebido

Chegaste...

Eu nem sei se noite ou dia

Nem quanto tempo faz

Como dias fossem minutos

Tirou-me a calma, a paz

E aos poucos me envolvias

Chegaste...

Terás, porém, de ir embora

Não podes, tampouco eu posso

São caminhos tão distantes

Não os podemos chamar de nossos

Não há futuro, apenas o agora