Desomenagem poética
Você venceu se suicidando
Quando não colheu as amoras da manhã
Nem as damas da noite enquanto anoitecia
Você não acontecia
Desistiu das flores madrigais
Não se lançou aos quintais
Acabou nos sinais
Lágrimas transbordaram
Derreteu o gesso
Serviu-se de uma estátua
Não se manteve no estuário
Derreteu em instantes a ilusão
No campanário o som trincou-lhe
Dificuldades foram transpostas
Bastou uma porta emergencial
Uma via de acesso ao nada
Fica hoje uma forte imagem
Amanhã uma vaga lembrança
Mais além, um traço apagado
Tal como ídolo de barro
Caiu e se espatifou
Você venceu se suicidando
Quando não colheu as amoras da manhã
Nem as damas da noite enquanto anoitecia
Você não acontecia
Desistiu das flores madrigais
Não se lançou aos quintais
Acabou nos sinais
Lágrimas transbordaram
Derreteu o gesso
Serviu-se de uma estátua
Não se manteve no estuário
Derreteu em instantes a ilusão
No campanário o som trincou-lhe
Dificuldades foram transpostas
Bastou uma porta emergencial
Uma via de acesso ao nada
Fica hoje uma forte imagem
Amanhã uma vaga lembrança
Mais além, um traço apagado
Tal como ídolo de barro
Caiu e se espatifou