Zig Zarte

Se reprimo o que me fez ser pessoa

Todas as maneiras

Que podem me consumir

Se a arrogância me emprestar abrigo

De qual lado estaria

Se não ha demarcação

Das tuas fronteiras das minhas

Entranhas

Entrelinhas

Da própria opinião

Poderia tomar controle pra libertar?

Ou libertar do medo de controlar?

Ou tomar a liberdade para me controlar?

Trasbordo

Tudo bem, aceito o medo

As imperfeições..

Só me ojeriza a frieza

Do assentamento das movediças certezas

De corações plastificados

Das cédulas jogadas noite a dentro

Dos não saberes das outras cabeças,

Dos vastos mundos

Submundos

Inquieto-me na ânsia em fazer algo

que rui durante a construção

Um zigurate de concreto dos dias

Rabiscado no terreno da mente

Com o giz da imaginação.