MIL ANOS

nem pensar

nem pensar

eu queria achar o caminho

mas o caminho não me procurava

andei variando sem rumo

andei andei andei

choveu fininho sobre minha impaciencia

tropecei em arranhões de minha trajetória

esquadrinhei-me tentando achar tanta história

onde me perdi dessa vez ?

onde me coloquei sobre a estante

onde onde onde..

me desesperei , um, dois, tres dias

tres anos , mil anos

até concluir que o jeito acabou

que naõ tenho mais endereço

que o mundo sumiu diante dos meus olhos

meu coração partido jamais cicatrizará

essa é a minha verdade

rodei toda cidade

fantasiada de algúem

arquitetada para não ter emoção

e... sem alma me encontro

até meu último suspiro

até o próximo tombo

até terminar meu tempo

até eu chegar em meu portão

e adentrar pela fresta

carregando o comboio de arestas

de milenios de solidão

olguinha costa
Enviado por olguinha costa em 06/05/2017
Código do texto: T5990912
Classificação de conteúdo: seguro
Copyright © 2017. Todos os direitos reservados.
Você não pode copiar, exibir, distribuir, executar, criar obras derivadas nem fazer uso comercial desta obra sem a devida permissão do autor.