MIL ANOS
nem pensar
nem pensar
eu queria achar o caminho
mas o caminho não me procurava
andei variando sem rumo
andei andei andei
choveu fininho sobre minha impaciencia
tropecei em arranhões de minha trajetória
esquadrinhei-me tentando achar tanta história
onde me perdi dessa vez ?
onde me coloquei sobre a estante
onde onde onde..
me desesperei , um, dois, tres dias
tres anos , mil anos
até concluir que o jeito acabou
que naõ tenho mais endereço
que o mundo sumiu diante dos meus olhos
meu coração partido jamais cicatrizará
essa é a minha verdade
rodei toda cidade
fantasiada de algúem
arquitetada para não ter emoção
e... sem alma me encontro
até meu último suspiro
até o próximo tombo
até terminar meu tempo
até eu chegar em meu portão
e adentrar pela fresta
carregando o comboio de arestas
de milenios de solidão