DIA DE FRIO

No dia de frio...

Eu parei para ver o rio

o rio se quer parou

lavei o rosto nas águas

as águas não me lavou.

Depois visualizei a onda

que as ondas de mim levou

na mansidão do remanso

nos trilhos do meu tamanco

nos polens da minha flor.

No dia de frio...

eu contemplei o estio

no intimo do meu tremor

os passos de todos os trilhos

os descarrilhos dos meus trilhos

e os abraços de todo amor.

Em dia de frio...

Ai, ai meu senhor!

Quantas vidas pelas ruas

que morre no treme, treme...

Com frio que vai no osso,

e um amor todo insosso

que almas por ele geme.

Antonio Montes

Amontesferr
Enviado por Amontesferr em 05/05/2017
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