CACOS
Um, dois
Lá em Brasilia.
Três, quatro, cinco, seis
Lá na Bahia.
Um no violão
Outro na letra
Mais um na melodia
Na sua canção.
Dois estão aqui
No canto da cama
No travesseiro
Outros tantos saem no chuveiro.
Três se perdem no cantarolar de todo dia .
E dez, quize e vinte
Se perdem no barulho
Na loucura
No carnaval de pensamentos
Em toda madrugada.
E separados não servem
Para nada.
Para nada.
São tantos espalhados por ai
São tantos desejando estarem aqui.
Um, dois, três, quatro
São tantos cacos.
Um quebra-cabeça
Ou um mosaico
Que precisa ser refeito
Com bastante cuidado..